domingo, 21 de dezembro de 2008

Despedidas

O medo do novo é tabu. Existem sim, aqueles com um espírito mais aventureiro que se arriscam a ver o novo, mas uma certa ansiedade é inevitável. Não adianta, gastamos muito tempo fazendo planos para nossas vidas, mesmo quando sabemos que planos dificilmente seguem pelo caminho previsto. Queremos nos sentir seguros e com o controle de nossa vida e destino. E, nessa frenética tentativa, investimos grande parte da nossa energia, muitas vezes até esquecendo de viver.

"A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos" (John Lennon)

Hora ou outra os planos de vida envolvem outras pessoas. Seja família, namorada, amigos queridos, clientes ou até leitores. Não podemos controlar as escolhas dos outros e isso pode ser difícil de aceitar. Então, aquele que até então era a nossa principal fonte de apoio, resolve seguir outros caminhos! Erradamente chegamos a nos sentir rejeitados ou até traídos. E como acontece diversas vezes em nossas vidas, temos sentimentos que não deveríamos. Entendemos que está errado tentar controlar tudo na palma de nossas mãos, mas a possibilidade de perdê-las pode assustar, por isso gastamos energia em manter tudo e todos ao alcance de nossos olhos. Somos inseguros. Pessoas inseguras são as que precisam de definições.

As pessoas que cruzam nosso caminho, sejam por um dia ou uma vida, são como tesouros encontrados. A cada uma, temos a possibilidade de explorar um novo universo; com diferentes leis físicas, outros compostos químicos e formas de vida. Alguns destes tesouros devemos cavar fundo para encontrar, já outros são mais fáceis de achar e têm até aqueles que não querem ser descobertos. De qualquer maneira, todos eles oferecem mais e mais, pra cada vez que nos dedicamos a cavar mais fundo. E se, este tesouro descoberto e explorado, que se encontra em nossas mãos, resolve partir; um aperto no peito é certo. Algumas vezes acreditamos que vamos encontrá-los de novo, mas e quando essa certeza é pelo oposto, de que muito provavelmente jamais os veremos?

Lá estava eu, numa típica sexta-feira de despedidas. Mesmo treinado, toda despedida tem suas particularidades. Desejamos sorte e felicidade para aqueles que vão ou ficam e prometemos manter contato. No fundo sabemos que isso raramente acontece. Pessoas vêm e vão em nossas vidas e é impossível manter o contato com todas elas. Aqui, em terras estrangeiras, vivendo intensamente essa experiência, pude comprovar este fato. Na minha escola, toda segunda-feira entram novos alunos, e a cada sexta-feira tantos outros vão embora. Então, a cada semana sou obrigado a aprender mais sobre despedidas. Algumas mais fáceis e outras tão difíceis. E na memória ficam registrados tantos nomes e rostos, que sei que irão se perder ao poucos. Cada um seguirá o caminho que lhe parecer melhor ou mais bonito. Cada um deles com um pouco de mim e eu com um pouco de cada um.

Certo de ter feito boas amizades, desejo que a vida proporcione um reencontro, se possível. Lembro dos antigos amigos que não tenho mais contato. Relembro alguns momentos divididos com amigos, que mesmo não sendo tanto tempo, algumas vezes não mais que uma semana; foram tempos inesquecíveis.

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas sim, na intensidade com a qual elas ocorrem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. (Fernando Pessoa)


Não existe melhor maneira para lidar com essa situação do que aprender a ser verdadeiramente amigo. As despedidas inevitáveis, muitas vezes são rápidas e inesperadas. Não temos tempo de concertar o que deixamos errado pelo caminho do relacionamento. E quando, por displicência, não fomos tudo que deveríamos a um amigo, nossa saudade possui um gosto amargo; gosto de arrependimento. O que é muito diferente do tipo de saudade que nos faz bem, provinda de um relacionamento saudável. Aprender a ser amigo é desejar o bem independente das escolhas individuais de cada um. É saber deixar livre e cuidar com carinho quando perto. É não deixar os sentimentos entalados e possuir palavras doces e sinceras. Ser atitude e não apenas palavras.

E então, quando despedimos daqueles bons amigos, não sentimos perda. O que fica é o amor, fé e esperança.

“Agora, pois, permanecem a Fé,a Esperança, e o Amor. Estes três. Porém o maior deles é o Amor" ( I Coríntios 13:13 )

“Entenda que amigos vão e vem, mas nunca abra mão de uns poucos e bons.”
(Filtro Solar)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Atitudes de Mudança - Monte acima, fome e palavras antigas -

O homem precisa se aventurar. Precisa ousar quebrar a rotina e fazer o improvável. É inegável que esses momentos tornam-se históricos. Completas histórias de vidas. Eles nos definem e refinam. Conserva-nos jovem. Somos todos aventureiros de alguma forma. Todos estão sobre as mesmas regras e leis, as mesmas dificuldades e opções. E a todos é dada a oportunidade de escolher, mudar e transformar. Aventureiro do acaso e ao acaso, aventureiro.

Momentos como estes podem durar poucos segundos ou meses. São aqueles no qual você interrompe teus passos atrasados em direção ao trabalho/escola e volta toda sua atenção a apreciar o céu, um gato gordo na janela ou uma flor sobrevivente em meio a tanto asfalto. Também pode surgir da necessidade de mudar, de protestar contra tua própria vida, que não vai lá muito bem. Uma opção válida pode ser não ir ao trabalho e dedicar todo o dia a ver filmes e comer pipoca. Se não funciona, mais ousado ainda seria uma pequena viagem, sem motivo, sem companhia e sem planejamento. As opções são muitas, e dependem da personalidade e da reflexão pessoal daquele que precisa incorporar estes momentos em sua vida.

Colocar as idéias em ordem é importante. Uma pausa na rotina maçante, que torna nossas vidas automáticas é uma boa idéia pra estabelecer nossos objetivos e o que realmente nos importa. Ela é capaz de dar vida e empolgação aos nossos dias.

A mudança de comportamento é gradual. Não me lembro ao certo quando tomei consciência de tal mudança. Sei que ela começou, há muito tempo atrás, com as palavras de meu grande amigo: “Você precisa contemplar a natureza”, ou talvez “Você tem que sentir a música” e tantas outras frases. Não me fazia muito sentido, mas com o tempo fui entendendo melhor e absorvendo-as. O processo é lento. Quando li sobre o bushido ( caminho do guerreiro -japonês- ), comecei a ligar alguns pontinhos.

“Viva cada dia como se fosse o último”

Essas palavras me soaram um tanto utópicas. Levaram alguns anos pra eu descobrir que não. Depois de entender e conseguir incorporar um pouco dessa filosofia em minha vida, muitas coisas começaram a mudar. Tempos depois conheci outra versão da frase, um pouco mais bem humorada.

“Se você viver cada dia como se ele fosse o último, um dia você vai acertar”

É importante pensarmos neste aspecto. Temos apenas uma vida, que passa rápido. Um dia todos irão compartilhar o mesmo destino certo, a morte. Acredito que nenhuma pessoa deseja realmente morrer. Mesmo aqueles que querem ir para o paraíso não desejam morrer pra chegar lá. Não sei, e ninguém sabe ao certo, o que virá depois do último suspiro. Cada um possui suas próprias convicções a respeito. Por isso acredito que devemos nos esforçar em ser o melhor que pudermos enquanto estamos aqui. E sou convicto de que este deveria ser o objetivo principal de todo homem.

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Num momento específico da minha vida, resolvi tomar uma atitude um pouco diferente. Eu já havia começado a compreender todos os pontinhos e citações que tanto escutava. Mas minha vontade de compreender verdadeiramente, sempre foi muito grande. Então, não foi por minha vida estar ruim que decidi fazer um passeio de última hora. Essa pequena viagem, de um final de semana, já rondava minha mente há muito tempo. Lembro que vários meses se passaram desde que decidi acampar sozinho na Serra do Cipó, e a vida, como sempre faz, foi deixando os planos somente como planos. Certo final de semana eu decidi que iria. Arrumei e fui. Assim, simples e quase inconseqüente.

Lá estava eu, minha mochila, meu diskman e a lua alta, mostrando-me que já era tarde da noite. Acabei por chegar bem mais tarde do que previsto na serra. Eu ainda teria cerca de quarenta minutos de caminhada. Por estar de noite e sem lanterna, esse tempo poderia aumentar ainda mais. Engraçado, que mesmo sozinho eu não senti medo. Pelo caminho eu cantava e celebrava, pelo simples fato de estar sozinho e fazer o que eu sentia que deveria fazer.

Objetivo: Três dias de acampamento no alto do monte sem comer nada.
Motivos: Espirituais e entender um pouco melhor a respeito da fome.

As pessoas têm o costume de sentir pena daqueles que não tem teto e/ou comida e adoram dizer que entendem a situação. Então, doam cinco reais para uma instituição de caridade e se sentem como verdadeiros santos. Mas só são capazes de entender, aqueles que viveram situações semelhantes. Eu precisava ter uma idéia melhor do que é sentir fome. Sabia que três dias não seriam suficientes pra me matar e estava atento aos possíveis perigos do meu plano. Sabia também que eu não conseguiria entender completamente, porém teria uma idéia muito mais clara da real situação.


A empolgação inicial durou apenas alguns minutos após me fixar no topo do monte. Depois a pergunta que surgiu foi “o que eu faço agora”? Senti-me meio bobo alguns momentos, mas tinha a convicção de terminar o que comecei. Antes disso, pelo que me lembro, o máximo de tempo que fiquei sem comer foi por volta de vinte e quatro horas; suficientes para reclamar e falar mal do mundo inteiro, culpando a todos pela minha fome. Como somos mal agradecidos. O primeiro dia passou sem muitas dificuldades, li bastante e escutei muita música. No segundo dia eu já não queria ler mais nada ou escutar as mesmas músicas que levei. Perdi ânimo e em vários pontos senti vontade de voltar e deixar de bobagens. Não dormi durante a segunda noite e de tempos em tempos eu tinha crises de fome. É comum prepararmos armadilhas para nós mesmos. Em geral, convencemos de que o que estamos fazendo é bobagem e que não precisamos disso. Essa é a mesma mente que diz para um fumante que tenta largar o vício “Você não precisa parar. Você pode parar quando quiser; não se preocupe. Fume apenas mais um, deixe isso pra depois.” Ou no meu caso, volte agora e tente depois os três dias de jejum, você não está pronto pra isso e você não precisa fazer isso. Eu não escutei a voz que há todo momento tenta nos manter subjugados em nossos vícios. Sejam eles químicos, hábitos, atitudes e até mesmo escolhas. Mudar é difícil, mas se não estabelecermos controle de mudança de nossos corpos e atitudes, seremos apenas escravos de nossos hábitos. E aí sim; não saberemos o que significa o livre arbítrio.
E o terceiro dia se arrastou lentamente...

Sim, apesar de muitas dificuldades eu consegui. Voltei realizado pra casa, com a sensação de dever cumprido. Aprendi mais sobre a fome (realmente senti no corpo o que significa) e principalmente, passei a ter um controle muito maior do meu corpo. Damos valor à comida, depois que sentimos fome. É triste, porém verdade. Senti meu corpo fraco, e sem ânimo pra fazer nada. Estava cansado até pra ler. Foi uma grande experiência de vida, aconselho a todos que façam algo parecido. O jejum está relacionado a diversas religiões exatamente por esses motivos, nos aproxima da espécie humana e acrescenta a nossa compaixão e humanidade. Podemos ver de perto nossas limitações e o quanto somos frágeis. Quanto aos motivos espirituais não vem ao caso nesta discussão. E o mais interessante foram as outras reflexões que eu nem imaginava que faria, como por exemplo a respeito dos vícios. Afinal, a necessidade de comer não deixa de ser um vício, cada dia mais popular na sociedade moderna. Aqueles que frustradamente se aventuram nas dietas com o objetivo de abaixar de peso que nos digam.


Mesmo tendo obtido sucesso em alguns "grandes projetos" como este, cada dia mais, vejo como são as pequenas atitudes que fazem a diferença. Acredito que passar por experiências como esta são vitais para um crescimento pessoal. Mas digo, o primeiro passo, e o mais importante, é aprender a incrementar em tua vida as simples atitudes capazes de transformar seu dia. E como dito antes, cada um precisa descobrir como fazer isso satisfatoriamente. O que acontece comigo, é que após uma experiência maior, como a descrita acima, eu mudo algumas atitudes da vida cotidiana. E é essa mudança, passo a passo, que me interessa e deveria interessar a todos. Sejamos realistas, mudar é difícil, demanda muito esforço e tempo! Por isso, se este também é seu objetivo, seja paciente e perseverante e com toda certeza chegará lá.

Rafael Bauth

domingo, 30 de novembro de 2008

Arte de Rua

Em terras européias, principalmente nos grandes centros urbanos é muito comum encontrar artistas de rua. Não importa que tipo de arte apresentem, existe algo de especial naqueles que prendem a atenção do público. Um modelo bem razoável de classificar a qualidade do trabalho, sem dúvida é o número de moedas coletadas. Uma forma fria e calculista, porém, sensata. O público não se rende em jogar algumas moedas se usufrui de alguns momentos paralisados pelo feitiço dos artistas. Discursar a respeito é falar do âmago artístico, portanto, um assunto bem delicado.

Motivado a entender um pouco melhor do assunto me propus a fazer uma experiência dividida em três partes: atuação, observação e nova atuação. O primeiro passo seria ir para rua e me apresentar artisticamente, não importando que linguagem artística optasse. Depois, tempo seria dedicado à observação de vários artistas, analisando o sucesso obtido e as características do trabalho. E por fim, me aventurar de novo nas ruas e ver se obtive algum avanço de performance.

Lá estava eu, violão nas mãos procurando um bom lugar pra ficar. Foi neste momento, sozinho, que percebi que não seria tão fácil quanto eu havia imaginado. Passei por vários bons lugares e me convenci de que estavam “cheios” demais. Após andar bastante e hesitar alguns momentos decidi parar e fazer logo o que eu havia planejado. O lugar era espaçoso e haviam alguns garotos jogando bola por perto. O barulho de construção era ouvido claramente e eu ainda não consigo entender porque acreditei que aquele seria um bom lugar. De qualquer forma, com os dedos gelados devido ao frio, peguei meu violão e timidamente dedilhei alguns acordes. 
Mesmo tendo uma boa experiência no violão, quem me visse naquele momento acreditaria que eu fosse um mero aprendiz. A timidez arrancou-me habilidades que precisei dedicar anos a fio para adquirir. Meu olhar estava baixo, eu não conseguia encarar a rua e não faço idéia do porquê. Depois de uma eternidade inteira de atuação musical, cerca de dez minutos, me convenci de que eu não saberia fazer aquilo e abandonei a missão. Frustrado e derrotado, mas curioso em descobrir algo mais a meu respeito. Voltei pra casa e deitado na cama, refletia, enquanto tocava o violão com toda a habilidade que realmente tenho.

Meus ouvidos amanheceram diferentes. A cada músico que escutava nas ruas não me atentava apenas para a sua habilidade musical, criticamente como fazia antes. Eles começaram a ter um pouco mais do meu respeito, só pelo simples fato de estar lá, demonstrando coragem. Isso não é fácil, não é para qualquer um. Reparei então que a habilidade musical não estava necessariamente ligada ao número de moedas nos chapéus. E percebi vida, paixão e atitude entre tantos sentimentos envolvidos naqueles que geralmente roubavam a cena. Lembrei-me então do tempo que estudei teatro. E quando me ensinaram:
“se você não acredita no que está representando, o público certamente não acreditará também”
Talvez eu tenha me esquecido disso, no momento em que timidamente tentei me apresentar. Este foi o erro, apenas tentar. Não tive a certeza, não me preparei e não estava pronto pra desempenhar meu papel. Definitivamente, a paixão é capaz de superar todo estudo. Observei músicos que nem seguravam corretamente o violão, mas me faziam sentir vontade de sentar e os escutar durante horas. Em contrapartida não tinha paciência de me escutar por trinta minutos, mesmo tendo cerca de nove anos de estudos musicais.

O projeto não foi concluído. Não saiu como planejado e por isso o considero de grande sucesso. Antes, eu queria apenas compreender o que os artistas possuem. Acabei por descobrir o que não tenho, ainda. Acabei por relembrar várias lições que tinha aprendido e que não soube usar no momento certo. A vida é assim. Aprendemos, contudo insistimos em esquecer de usar o que sabemos. A diferença entre conhecimento e atitude é muito grande; por isso insisto sempre na idéia de transformar conhecimento em atitude. Não é fácil, eu sei! Tenho muitas dificuldades, mas uma convicção demasiadamente grande de que valerá a pena. São em momentos como estes em que me sinto verdadeiramente desafiado como ser humano, momentos preciosos.

Rafael Bauth

terça-feira, 25 de novembro de 2008

INTRODUÇÃO

Sendo esta minha primeira postagem, não soube ao certo o que escrever. Não que eu não tenha algo específico para falar, mesmo porque se fosse esse o caso nem teria criado esse blog. Costumo dizer a seguinte frase:
"Quando não se tem nada a dizer, não se diz nada ao escrever"
(Rafael Bauth)

Mas sendo estas minhas primeiras palavras aqui, eu desejava escrever algo que ao ler você retornasse ao blog mais vezes. Repito, se não fosse por você nem teria criado este blog.

Então, decidi por fazer uma breve introdução para que fique mais claro meu objetivo e o que você vai encontrar nas futuras postagens. Esse não é um blog puramente pessoal, de assuntos aleatórios e desconexos. Todos os posts estarão de alguma forma relacionados com o desenvolvimento pessoal. O que segundo meu ver, significa um aperfeiçoamento humano em direção de metas traçadas. Crescimento e evolução. Adaptação. Em geral, abordarei como metas: valores, virtudes e atitudes, capazes de nos modificar. Tais mudanças são capazes de melhorar nossa vida nos relacionamentos, tornando-os mais amenos, confiáveis e prazerosos. São capazes também de nos mudar, nos transformando em seres mais amáveis, livres, felizes, e confiantes. Muitas vezes serão capazes de nos fazer sentir como criança e outras vezes com o peso da responsabilidade de todo universo em nossas costas.
Este não é um blog de auto-ajuda
As experiências descritas serão baseadas em dois pilares:
- Os momentos de maior aprendizado humano se encontram em momentos adversos, ou quando experimentamos sensações, atitudes e pensamentos que nunca haviamos tido antes. Essa é uma das razões de eu abordar a viagem como sendo importante para o crescimento pessoal. Não é o único caminho, mas em viagens geralmente temos a possibilidade de sentir novos sabores, comer novos tipos de alimentos, ver outras paisagens, conhecer novas pessoas com diferentes idéias, crenças e costumes. É possível buscar por esse tipo de experiência e não apenas esperar que aconteçam.
- Performance, nome dado a interação de uma pessoa que tenha um objetivo específico com o público. Segundo idéias de alguns modernos teóricos, todo ser humano pode, por sua vontade, realizar uma performance com o objetivo de passar alguma mensagem ao público. Esta performance pode ainda, algumas vezes, nem ser percebida como intencional. Em outras palavras, com certas atitudes podemos fazer com que o público (seja quem estiver na cena de atuação da performance) reflita sobre algum aspecto que queiramos. Atitudes geram reflexões, que podem gerar novas atitudes. É neste ponto que de forma bem simples pode-se iniciar uma transformação social. Começando apenas com a sugestão e o convite para reflexão.
Portanto, neste blog postarei experiências não usuais (em geral), suas consequências e aprendizados. Postarei também experiências performáticas e as observações dos seus resultados. Acredito que a simples leitura, possa ser de grande valor. Mas convido-te a participar ativamente, repetindo as experiências e tomando suas próprias conclusões e se possível postando nos comentários. Porque como dito antes por Amyr Klink "O homem precisa viajar por suas próprias pernas".

Convido-lhe então a embarcar comigo nessa viagem, pela experiência do mais remoto de nosso ser. Objetivando sempre nosso crescimento pessoal e a transformação daqueles que nos cercam. Buscando uma vida mais próspera, justa, livre e feliz.
Obrigado,
RafaelBauth